quinta-feira, 26 de maio de 2011

EDUCAÇÃO: SALÁRIOS DE FOME E MISÉRIA HUMANA DOS DEPUTADOS NO RS


OS GOVERNOS CONTINUAM PISANDO NO PESCOÇO DAS PROFESSORAS E DOS PROFESSORES, DOS FUNCIONÁRIOS E FUNCIONÁRIAS DE ESCOLAS
César Augusto do Nascimento Moura
Professor Estadual – Escola Haydée e Vila Lobos
A sangria continua no RS: cada vez mais isenções e benefícios aos capitalistas do agronegócio, da indústria do calçado e às montadoras de automóveis transnacionais.

O governo atual assim como os governos anteriores, deputados da situação e da oposição demonstraram mais uma vez que são os mesmos em todos os governos e legislaturas, nos últimos tempos fizeram um pacto para atacar os professores e as professoras, mais uma vez atacaram o magistério com atitudes de opressão, de exploração capitalista e de massacre dos trabalhadores em educação. Os governos pagam salários de fome e ainda permitem que as verbas para a educação sejam roubadas por verdadeiras quadrilhas de capitalistas que usam as verbas públicas para as crianças e adolescentes nas escolas para benefício próprio deles e contra as professoras, professores, funcionário de escolas, crianças e adolescente.

No Sistema Educacional se estabeleceu uma relação de barbárie – “manda quem pode, obedece quem precisa" – se configurou um cenário de luta de classe, de um lado capitalistas, políticos e assessores ditando as normas e regras de suas cartilhas à banco mundial e interesses capitalistas nacionais e estrangeiros e do outro lado o magistério proletarizado sobrevivendo totalmente sem qualidade de vida e em condições insalubres.

Mas, o que mais causou indignação recente, conforme Assessoria de imprensa do CEPERS Sindicato foi o ato conjunto onde “GOVERNO E OPOSIÇÃO AFRONTAM EDUCADORES”- Conforme diz a nota: “A irresponsabilidade das bancadas do governo e da oposição na Assembleia Legislativa impediu, mais uma vez, na quarta-feira, a votação dos projetos que garantem o reajuste de 10,91% para os trabalhadores da educação. Ela já tinha sido adiada na terça também por falta de quórum. Mesmo conscientes de que era necessária a votação para garantir a inclusão na folha de maio, os deputados deram mais uma prova de seu total descaso com a categoria. E o governo Tarso revela sua indiferença com aqueles que vivem com um dos piores salários do país”, enfatizou a nota.

A negociação parlamentar há muito tempo tirou a luta dos trabalhadores em educação do chão, isto é, das ruas, dos  pátios de escolas e das comunidades escolares. As direções sindicais não podem continuar iludidas com as promessas de gabinetes e as intermináveis batalhas jurídicas. É preciso arrebentar esse marasmo e irromper uma luta verdadeira e honesta dos trabalhadores em educação contra toda a forma de opressão, exploração, esmagamento salarial e falta de qualidade de vida impostos pelos governos capitalistas e reacionários, que governam com a classe dominante burguesa contra os trabalhadores proletarizados.

Conforme a nota sobre o projeto de reajuste de 10,91% para os trabalhadores em educação que  mais uma vez foram enganados: “Aprovado em Assembleia Geral no dia 8 de abril (2011), o governo demorou quase dois meses para encaminhar os projetos ao Legislativo. E a oposição, que nunca se preocupou com os educadores estiveram presentes 47 deputados, mas hora da votação somente 26 registraram presença. Quando se trata de garantir isenções fiscais às grandes empresas, aumento de salários para cargos de confiança ou para os próprios deputados, todos se unem e agem rápido para aprovação dos projetos. Para os trabalhadores, o tratamento é oposto. Isso só mostra que os governos sempre estiveram contra a educação e muito especialmente contra os trabalhadores e trabalhadoras em educação neste estado e neste pais, mais especificamente., usou de artifícios regimentais e burocráticos para impedir a votação. Durante toda a sessão

O CPERS/Sindicato ainda exige do governo e da Assembleia Legislativa a imediata solução deste impasse para que os educadores recebam este reajuste emergencial e repudia a atitude de desrespeito demonstrada pelos deputados, mas o fato está consumado. Eles nunca esconderam o lado que defendem e estão. Isso revela uma grande movimentação da classe dos explorados em geral contra esses governos. Eles estão enchendo os bolsos de dinheiro. Não estão nem aí para a classe trabalhadora, a juventude, as crianças e adolescência; quando tudo isso estourar e vir abaixo eles estarão com os cofres cheios e vão dar no pé.
Por falta de quórum, os projetos de reajuste salarial dos trabalhadores em educação não foram votados na tarde desta terça-feira 25 pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Eles deverão retornar à ordem do dia nesta quarta-feira 25.

Mesmo com um número expressivo de parlamentares em plenário, os deputados da oposição retiraram o quórum. Apenas 25 parlamentares registraram presença, quando o número mínimo para dar início às votações é de 28 parlamentares. (Fonte: João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato com informações do site da Alergs)

Diante disso, o colega Siden Francesch do Amaral, Diretor do 14º Núcleo do CEPERS/Sindicato e membro do Conselho Geral, fez o seguinte comentário: “Estranho, muito estranho, os deputados da oposição não garantir quórum para reajustar os salários de quem ganha pouco. O mesmo não aconteceria, com certeza, se fosse para reajustar os seus "polpudos" vencimentos. Esses parlamentares que são rápidos na formação de quórum quando lhes interessa, merecem o repúdio da categoria que sobrevive com seus salários aviltados...” –
Concorda-se com o colega Siden Francesch, mas é preciso entender também que vivemos num tempo em que a luta de classe se acirrou e junto com os explorados pela força de trabalho outros grupos sociais estão sofrendo com os ataques da classe dominante, da classe política reacionária desse país que ataca a educação até pela diversidade, nos seus direitos  e o respeito às diferenças e pluralidades de ideias e pensamentos, por exemplo; impedindo que crianças e adolescentes tenham uma boa formação na vida quanto a sua sexualidade que é obrigação e direito da família e das comunidades escolares com autonomia e autodeterminação, só para enfatizar. Quem são eles para pregarem moral e ética na vida na história e na política?

Os salários dos professores que governos, parlamentares e empresários capitalistas (através do Conselho de Governo, caso específico do RS) em conjunto atacam deixa muito claro que entre eles e os trabalhadores existe um abismo. Especialmente na educação, nas escolas das periferias, que estão longe dos grandes centros econômicos e de decisão políticas; são para eles meras massas de manobras e com isso o sindicato precisa romper também. É preciso uma nova direção e orientação política para os próximos dias; que sirva de exemplo o protagonismo das massas exploradas que agitam e protagonizam no norte da África, no Oriente Médio e até mesmo na Europa.

Neste momento precisamos estar juntos e organizar uma luta séria e honesta sem esperança neles, pois, basta olhar para os acontecimentos recentes, Palocci, Sarney, prefeitura de Campinas/SP, mar de lama e malversação de vespas públicas, e a formação de quadrilha petista sobre as verbas pública no município de Portão/RS; o ataque ao plano de carreira do funcionalismo, em especial aos professores e professoras em Novo Hamburgo/RS, a rosca fechada sofrida pela administração capilé pelo ministério público que praticamente inviabiliza o executivo de São Leopoldo/RS. A crise é geral e nós não vamos pagar essa crise do capitalismo e da corrupção. Lutadores e lutadoras de todo o mundo uni-vos. Explorados (as) uni-vos contra a exploração capitalista, machista, racionaria, racista e corrupta.

EDUCAÇÃO: SALÁRIOS DE FOME E MISÉRIA HUMANA DOS DEPUTADOS NO RS


OS GOVERNOS CONTINUAM PISANDO NO PESCOÇO DAS PROFESSORAS E DOS PROFESSORES, DOS FUNCIONÁRIOS E FUNCIONÁRIAS DE ESCOLAS
César Augusto do Nascimento Moura
Professor de Estadual – Escola Haydée e Vila Lobos
A sangria continua no RS: cada vez mais isenções e benefícios aos capitalistas do agronegócio, da indústria do calçado e às montadoras de automóveis transnacionais.

O governo atual assim como os governos anteriores, deputados da situação e da oposição demonstraram mais uma vez que são os mesmos em todos os governos e legislaturas, nos últimos tempos fizeram um pacto para atacar os professores e as professoras, mais uma vez atacaram o magistério com atitudes de opressão, de exploração capitalista e de massacre dos trabalhadores em educação. Os governos pagam salários de fome e ainda permitem que as verbas para a educação sejam roubadas por verdadeiras quadrilhas de capitalistas que usam as verbas públicas para as crianças e adolescentes nas escolas para benefício próprio deles e contra as professoras, professores, funcionário de escolas, crianças e adolescente.
No Sistema Educacional se estabeleceu uma relação de barbárie – “manda quem pode, obedece quem precisa" – se configurou um cenário de luta de classe, de um lado capitalistas, políticos e assessores ditando as normas e regras de suas cartilhas à banco mundial e interesses capitalistas nacionais e estrangeiros e do outro lado o magistério proletarizado sobrevivendo totalmente sem qualidade de vida e em condições insalubres.

Mas, o que mais causou indignação recente, conforme Assessoria de imprensa do CEPERS Sindicato foi o ato conjunto onde “GOVERNO E OPOSIÇÃO AFRONTAM EDUCADORES”- Conforme diz a nota: “A irresponsabilidade das bancadas do governo e da oposição na Assembleia Legislativa impediu, mais uma vez, na quarta-feira, a votação dos projetos que garantem o reajuste de 10,91% para os trabalhadores da educação. Ela já tinha sido adiada na terça também por falta de quórum. Mesmo conscientes de que era necessária a votação para garantir a inclusão na folha de maio, os deputados deram mais uma prova de seu total descaso com a categoria. E o governo Tarso revela sua indiferença com aqueles que vivem com um dos piores salários do país”, enfatizou a nota.
A negociação parlamentar há muito tempo tirou a luta dos trabalhadores em educação do chão, isto é, das ruas, dos  pátios de escolas e das comunidades escolares. As direções sindicais não podem continuar iludidas com as promessas de gabinetes e as intermináveis batalhas jurídicas. É preciso arrebentar esse marasmo e irromper uma luta verdadeira e honesta dos trabalhadores em educação contra toda a forma de opressão, exploração, esmagamento salarial e falta de qualidade de vida impostos pelos governos capitalistas e reacionários, que governam com a classe dominante burguesa contra os trabalhadores proletarizados.

Conforme a nota sobre o projeto de reajuste de 10,91% para os trabalhadores em educação que  mais uma vez foram enganados: “Aprovado em Assembleia Geral no dia 8 de abril (2011), o governo demorou quase dois meses para encaminhar os projetos ao Legislativo. E a oposição, que nunca se preocupou com os educadores estiveram presentes 47 deputados, mas hora da votação somente 26 registraram presença. Quando se trata de garantir isenções fiscais às grandes empresas, aumento de salários para cargos de confiança ou para os próprios deputados, todos se unem e agem rápido para aprovação dos projetos. Para os trabalhadores, o tratamento é oposto. Isso só mostra que os governos sempre estiveram contra a educação e muito especialmente contra os trabalhadores e trabalhadoras em educação neste estado e neste pais, mais especificamente., usou de artifícios regimentais e burocráticos para impedir a votação. Durante toda a sessão

O CPERS/Sindicato ainda exige do governo e da Assembleia Legislativa a imediata solução deste impasse para que os educadores recebam este reajuste emergencial e repudia a atitude de desrespeito demonstrada pelos deputados, mas o fato está consumado. Eles nunca esconderam o lado que defendem e estão. Isso revela uma grande movimentação da classe dos explorados em geral contra esses governo. Eles estão enchendo os bolsos de dinheiro. Não estão nem aí para a classe trabalhadora, a juventude, as crianças e adolescência; quando tudo isso estourar e vir abaixo eles estarão com os cofres cheios e vão dar no pé.
Por falta de quórum, os projetos de reajuste salarial dos trabalhadores em educação não foram votados na tarde desta terça-feira 25 pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Eles deverão retornar à ordem do dia nesta quarta-feira 25.

Mesmo com um número expressivo de parlamentares em plenário, os deputados da oposição retiraram o quórum. Apenas 25 parlamentares registraram presença, quando o número mínimo para dar início às votações é de 28 parlamentares. (Fonte: João dos Santos e Silva, assessor de imprensa do CPERS/Sindicato com informações do site da Alergs)

Diante disso, o colega Siden Francesch do Amaral, Diretor do 14º Núcleo do CEPERS/Sindicato e membro do Conselho Geral, fez o seguinte comentário: “Estranho, muito estranho, os deputados da oposição não garantir quórum para reajustar os salários de quem ganha pouco. O mesmo não aconteceria, com certeza, se fosse para reajustar os seus "polpudos" vencimentos. Esses parlamentares que são rápidos na formação de quórum quando lhes interessa, merecem o repúdio da categoria que sobrevive com seus salários aviltados...” – Concorda-se com o colega Siden Francesch, mas é preciso entender também que vivemos num tempo em que a luta de classe se acirrou e junto com os explorados pela força de trabalho outros grupos sociais estão sofrendo com a ataque da classe dominante, da classe política reacionária desse país que ataca a educação até pela diversidade e o respeito, por exemplo; impedindo que crianças e adolescentes tenham uma boa formação na vida a respeito da sexualidade que é obrigação da família e das comunidades escolares com autonomia e auto-determinação, só para exemplificar.

Os salários dos professores que governos, parlamentares e empresários capitalistas (através do Conselho de Governo, caso específico do RS) em conjunto atacam deixa muito claro que entre eles e os trabalhadores existe um abismo. Especialmente na educação, nas escolas das periferias, que estão longe dos grandes centros econômicos e de decisão políticas; são para eles meras massas de manobras e com isso o sindicato precisa romper também. É preciso uma nova direção e orientação política para os próximos dias; que sirva de exemplo o protagonismo das massas exploradas que agitam e protagonizam no norte da África, no Oriente Médio e até mesmo na Europa.
 
Neste momento precisamos estar juntos e organizar uma luta séria e honesta sem esperança neles, pois, basta olhar para os acontecimentos recentes, Palocci, Sarney, prefeitura de Campinas/SP, mar de lama e malversação de vespas públicas, e a formação de quadrilha petista sobre as verbas pública no município de Portão/RS; o ataque ao plano de carreira do funcionalismo, em especial aos professores e professoras em Novo Hamburgo/RS, a rosca fechada sofrida pela administração capilé pelo ministério público que praticamente inviabiliza o executivo de São Leopoldo/RS. A crise é geral e nós não vamos pagar essa crise do capitalismo e da corrupção. Lutadores e lutadoras de todo o mundo uni-vos. Explorados (as) uni-vos contra a exploração capitalista, machista, racionaria, racista e corrupta.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

TECNOFOBIA E FILOFIA   - César Moura (Org) - Professor de Filosofia 

Estranheza ao Mundo da Técnica

   A máquina provoca uma mutação    cultural

Ocorre que, como é sabido, toda a inovação tecnológica realmente profunda excita inevitáveis efeitos fóbicos de toda a ordem. Ainda que tendente à razão, o homem é um animal conservador, rotineiro e assustadiço. Na história, até bem pouco tempo, eram minorias insignificantes que viviam em cidades, e um número reduzidíssimo de pessoas é ligado diretamente às coisas da técnica e da mecânica. Grande parte da humanidade, como ainda hoje no Terceiro Mundo, vive perto ou à beira dos matos, sofrendo-lhe a inevitável influência psicológica.
Opiniões Controversas

   Brontë e Byron, opiniões divergentes sobre    os luditas

Lord Byron, o poeta, viu no ludismo a transgressão das normas. Algo assim como uma espécie de reforma religiosa - um luteranismo aplicado às fábricas. William Blake, outro poeta, entendeu-os como os instrumentos de uma revolta sagrada contra os dark Satanic Mills, os tenebrosos moinhos satânicos (o clima geral dentro das fábricas daquela época), nos quais as mulheres e crianças inglesas eram obrigadas a trabalhar em condições deprimentes. A romancista Charlote Brontë, no seu livro Shirley, de 1849, entretanto, não devotou-lhes simpatia. Além de assegurar a um master (um patrão), de nome Cartwright (nome de um inventor) o papel de herói resistente, frente a uma assalto de uma turba armada, disse que os chefes luditas "não vinham das classes operosas", vendo-os como gente "fracassada, decaída, um bando de endividados e desocupados, muitos deles entregues à bebida". Mas o pavor às máquinas não partiu só de gente iletrada.
A Tecnofobia

   A máquina como    desumanização

O filósofo Martin Heidegger, o mais significativo pensador alemão deste século, oriundo da Floresta Negra, irmanou-se a eles na sua tecnofobia, denunciando a mecanização como vil, interesseira, inclinada ao lucro e, pior, desumanizante. Aliou-se aos nazistas em 1933 na expectativa de que Hitler cumprisse o programa Blut und Boden, o do sangue e solo, um reacionário projeto de ruralização de desmecanização da Alemanha (nos quadros de Baumgartner, Wisser e Janesh, Junghanns, pintores nazistas, o campo aparece sem uma máquina sequer, toda a lavoura é orgânica). O pensador via a tecnologia como pertinente ao mundo moderno, levando-o à devastação da natureza, à massificação sufocadora da criatividade, à estandardização do comportamento e da cultura, à banalização da existência, provocando-lhe por fim uma doença quase que incurável.
Neoluditismo

   Metrópolis, o mundo    das máquinas (filme de    F.Lang)

Logo não é de se estranhar a ocorrência de periódicos assaltos em vários cantos do mundo contra laboratórios que fazem experiências biogenéticas, nem às lavouras transgênicas. Da mesma forma que os luditas ingleses atacaram nos começos do século XIX as máquinas, a tecnologia e o capitalismo laissez-faire então nascente, hoje, na transição do milênio, é um neoluditismo globalizado quem encabeça a vanguarda das ações antiliberais e anticientíficas.
ATIVIDADES SOBRE Tecnofobia e Filosofia – Prof. César Moura (Org)
Leia, discuta e Elabore Questões com Respostas. Pesquise mais sobre o assunto!

quarta-feira, 18 de maio de 2011

DIVERSIDADE NEGRA, INDÍGENA E LUTA DE CLASSE EM SÃO LEOPOLDO/RS - BERÇO DA COLONIZAÇÃO ALEMÃ!

César Augusto do Nascimento Moura
Professor de Filosofia e Sociologia

Considerações Iniciais sobre o estado das coisas e a coisa do estado:
Sigamos nossos caminhos com dignidade e esperança, seduzindo pessoas e sendo seduzido por elas através da educação e ainda parafraseando Roland Bathes pelo caminho através das idéias que dão asas ao imaginário, que mais ou menos assim foram ditas por ele: "Sou um empreendedor de sonhos pela estrada da vida, pois, vivo num tempo onde ensino o que sei e o que eu não sei , aprendo. Se a vida ensina eu pesquiso-a como aprendiz. Talvez venha um tempo de desaprender as coisas ultrapassadas para aprenderem-se as novas. É preciso que haja a sedimentação dos saberes, das culturas e das crenças que atravessamos. É preciso a esperança de quem não acreditando mais em nado do que está aí, mostre até com um certo delírio uma ideia nova saindo dos seus lábios. Essa é uma experiência que acredito estar fora de moda – há quem diga que o marxismo é uma coisa velha – que revolução nunca mais haverá e nem existirá – talvez esteja fora de moda – mas há os que nasceram e se criaram para inventar moda! – acredito que esteja fora de moda, (mas) vejo-a na mente, na vertente “de sua etimologia: Sapientia: nenhum poder, um pouco de saber, um pouco de sabedoria e o máximo de sabor possível.” (Barthes, 1978:47)

Declarações a Partir de Agora
Vamos fazer Política! Educação serve para se fazer política. Vamos desconstruir e construir coletivamente um projeto de vida político e pedagógico na escola que seja bom para o mundo. Pablo Picasso disse de alguma forma e em algum momento que “a paz que se quer no mundo começa na escola”. Então vamos começar com as ideias boas que surgem na escola para tornar o mundo melhor, ou não, pois, nada do que está aí é um pouco ruim, tudo é péssimo! Na verdade é preciso dizer da escola o que devemos destruir e fazer o novo – o capitalismo precisa ser exterminado; a classe operária deve vencer a luta de classe e os trabalhadores e trabalhadoras, sobretudo, o proletariado, devem fazer a revolução socialista. Parece brincadeira mas não é. O “impossível” é “possível”! Vivemos uma constante luta de classe, dois polos antagônicos, burguesia e pequena-burguesia de um lado e a classe operária do outro. É deste lado que devemos estar; na esquerda/marxista ao lado dos (as) operários (as).

Faltou dizer algumas coisas, algo que conjugasse Marxismo e Educação, faltou suscitar questões a partir das repercussões descritivas da análise feita pelo filósofo francês Louis Althusser e  mais elementos para compreender melhor ou para aprofundar a discussão sobre a tendência “crítico-reprodutivista”, que faça perguntas sobre as interações das relações sociais, educacionais e o desenvolvimento dos processos de produção e reprodução social do conhecimento, e porque que a escola não é revolucionária?

Quatro grandes conclusões pode se tirar a partir das reflexões advindas desse texto sobre a escola da periferia. A primeira é que se a periferia não tomar a dianteira não sai revolução no mundo de hoje e tudo vai continua uma barra, cada vez pior. É preciso organização, planejamento, estudo e consciência, talvez não seja possível fazer um partido para chegar ao poder via eleição, mas se for por aí não adianta querer fazer nada, pois, não haverá mais campo para esse tipo de luta. Está concluído que são ilusões perdidas. Já caminhamos por aí e foi só fracasso.

A segunda conclusão que se chega é que a crise mundial que impulsionou o surgimento de governos nacionalistas e de centro-esquerda é agora o chicote que acelera os seus declínios. Abre-se uma etapa de transição. Os educadores não devem esperar por esses governos e devem sim exercer o protagonismo enquanto categoria, junto aos atores sociais oriundos da periferia e organizar política e pedagogicamente a mudança sem tutela da burguesia e da burocracia corrupta e bandida.

A terceira, é que as ferramentas para estruturar politicamente a periferia e desenvolver um reagrupamento e agrupamento de novos, preferencialmente jovens, socialistas e revolucionários são as intervenções decididas na luta contra as demissões e o subemprego, as suspenções das reduções salariais, com um programa anticapitalista e a sistemática delimitação política do nacionalismo burguês e pequeno burguês, mediante a agitação, a propaganda e a organização. Quem não conhece o marxismo vai ter que começar a ler e estudar!

A quarta mostra que a crise é mundial, que essa crise é da elite capitalista, das burocracias, do capitalismo, dos gerentes de “esquerda” do capitalismo. Eles sempre irão jogar a culpa nas costas da periferia; sempre irão dizer que as culpadas pela violência são as populações das periferias e suas escolas, pais e familiares que não educam direito. Eles não vão dizer que os problemas da periferia são os problemas das classes dirigentes que determinam até a roupa e a comida que as classes populares devem “consumir”. A Crise é Mundial e coloca na Agenda as seguintes questões: - “Quem Pagará pela Crise?” e “Quem Governa a Sociedade?” – A periferia, porém, a resposta efetiva só pode ser dada começando de um ponto de partida mundial. Nunca como agora a tarefa da periferia se mostrou tão nitidamente, isto é, construir uma alternativa internacional, pois, se a crise é mundial ela não pode ser combatida “num só país” e depois no outro, numa só comunidade e depois na outra. É preciso construir um programa e divulgar nessas periferias, utilizando as novas tecnologias de informação e comunicação como já havia falado Milton Santos.


A partir de agora II
A audiência pública da vereadora Dolores em 23/03/2011:

Na luta contra o racismo, o silêncio é omissão
(Jacques D’Adesky)
Nos últimos tempos a luta contra o racismo têm sido muito difícil devido ao “cala-boca”  que algumas lideranças da micro pequena-burguesia negra  recebe em são Leopoldo.  Cargos insignificantes de 3º e 4º escalão, as vezes até estágios na administração publica local e somente isso. As ações do movimento negro que deseja todo o tempo fazer a formação da cultura negra nas escolas, secretarias, departamentos e autarquias não consegue colocar nenhum negro e nenhuma negra nos cursos de Pós-Graduação: especialização, mestrado e doutorado das universidades da região.

Estamos ás portas da copa do mundo de 2014, só para dar um exemplo de que eles não querem fazer nada pela juventude negra, enquanto está todo mundo se qualificando e se profissionalizando para atuar no grande evento cujas contratações começam agora, a juventude negra está alienada dentro de um concurso que ocorre uma vez por ano para ver quem é o mais bonito. Sempre é só um ou dois que ganham esta é a verdade, e o resto, certamente são todos feios? É um paradoxo típico do capitalismo e da hipocrisia. Outros estão maravilhados em poder entrar no Orfeu, um clube decadente da cidade do tempo do império. Só o negro que tem dinheiro pode pagar R$ 200 reais para dançar uma noite. Todos podem? Não existe politica de inclusão, emprego, trabalho e geração de renda para a juventude negra e mestiça na cidade. A politica do estado brasileiro na esfera local é praticamente nula.

O órgão que deveria elaborar políticas para a juventude negra virou um instrumento de festas, concursos de beleza, eventos carnavalescos e nada que promova a inclusão social da juventude negra. Nenhuma politica de trabalho e geração de renda, nada de empreendedorismo social e de cidadania, nada de convênios com as universidade e escolas de cursos técnicos, nada sobre o ENEM e o PROUNI. Esta administração está passando em branco em relação às políticas para a juventude negra.

Não sei como pretendem resolver isso, pois, agora o gabinete do prefeito vai patrocinar mais uma corrida aos cargos e não é no secretariado, no primeiro escalão. Tem uma assessoria lá em baixo, de promoção da igualdade racial, que não tem nem CC, conforme o prefeito, pois o negócio está sob a mira do tribunal de contas. Mesmo assim eles vão se digladiar por isso, para ver quem é mais “simpático” aos olhos da elite de governo toda de pele clara e de feições ariana. O governante já colocou os seus mocambos e mucamas fazerem o serviço de “puxa saco”, entre eles tem os que se dobram e se curvam e os que falam grosso e dividem a meia culpa com os brancos, seus sacerdotes, seguidores e fiéis. A população negra fica alienada e anestesiada e eles enchem os bolsos com as verbas públicas, os chefes políticos, tuteladores, exploradores e opressores.

A luta é maior do que pensam aquelas pessoas séria que não estão aí só para ganhar migalhas da mesa no momento mas que sonham com uma cidade e um mundo melhor no futuro. Sem racismo, sem exploração, sem hipocrisia e sem bandidos no poder. Aliás, precisamos acabar com o poder, com a política sem vergonha e capitalista e construir uma alternativa socialista, com igualdade de direitos e respeito.

Apesar de tudo, avançamos na garantia dos direitos através da legislação e da cultura de uma nova cidade e de uma nova sociedade, onde aqueles e aquelas que sempre viveram estereotipados (as) e à margem dos benefícios sociais possam respirar aliviados, pois, existem muitas pessoas sérias no movimento negro que está fora das manipulações dos chefes e donos da política, e também não compactua com os bajuladores que nas épocas das eleições boicotam as candidaturas negras e se lambuzam com as benesses das brancas, fazendo a farra com o dinheiro jogado sem nem saber de onde vem.

Infelizmente a sociedade nega ainda o direito de redenção e protagonismo das populações negras, inclusive gestores públicos que promovem a exclusão com requintes de crueldade, pois, vivemos numa sociedade de classes sociais onde o negro está subalterno e inferiorizado pela elite dominante que detém os cargos políticos todos da cidade, isto é, do estado em suas mão e nunca vão abrir mão disso. os negros que tirem o cavalinbo da chuva, pois, eles não vão abrir mão dos 100% no secretariado, nas cadeiras do parlamento e nas prefeituras. A possibilitade de um verador abrir mão para um de seus subalternos negros é seguramente nula. Nunca vai acontecer. Isso é luta de classe, nunca irão colocá-los nos mestrados e doutorados das universidades da região.

Sabemos, no entanto, que o combate às discriminações e ao racismo, sobretudo no âmbito escolar e da juventude é uma questão vital, principalmente hoje que ditaduras criminosas e governos incompetentes estão caindo por todo o mundo. É preciso mais do que saber e lutar. É chegada a hora de a discussão ultrapassar o âmbito institucional – senão o movimento vai sempre ficar a refém de articuladores de estilos nazistas/fascistas. É preciso levar a discussão para as ruas, praças, escolas e sociedade em geral, de maneira que se possa formular um projeto educacional que tenha tópicos transversais que mobilize as diretrizes e ações dos diferentes seguimentos sociais nesse processo.

Precisamos formatar um projeto educacional sério e de respeito que seja orientado por que tenha habilidade, competência e conhecimento. Não podemos deixar essa tarefa para qualquer “fanfarrão” de gabinete. A escola tem que ser um lugar protegido e sagrado. É preciso construir um amplo debate na comunidade escolar, onde o protagonismo dos educadores (as), isto é professores e professoras do movimento negro que tenham demostrado desde a sua graduação interesse pela luta e redenção das populações negras deste país.

As crianças, a escola e o currículo escolar, integram um processo e um Projeto Político Pedagógico que merece toda a atenção e carinho do movimento negro. As pessoas mais competentes e com formação adequada pedagogicamente serão indicadas pelo movimento para realizar essa tarefa tão importante. Que o trabalho seja holisticamente falando, solidário e generoso com a promoção da igualdade racial com o protagonismo das culturas negras e indígenas; que não reflita apenas a vontade de uma minoria que simplesmente desconsidera a cultura negra e ou indígena e que está no processo só para ganhar dinheiro, mas que respeite a luta dos povos e nações, a evolução dos movimentos da juventude, entre outros, o movimento feminista, a mulher negra e indígena, a questão dos gays e lésbicas e assim por diante.

Este texto vem sem rodeios, de quem que não é branco e nem franco; mas é direto e objetivo sem firulas – o momento é sério, importante e vital para o movimento negro – Então vem com este propósito: subsidiar, intensificar e chacoalhar a luta do movimento na condução de um tema de fundamental importância para qualquer cidade e ou lugar que tenha como horizonte o respeito por todos e todas e a justiça social.

A audiência pública (23/03/2001) promovida pela vereadora Dolores de São Leopoldo que num primeiro momento tinha o objetivo de promover uma reflexão sobre o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. Teve desdobramentos interessantes. ““Após algumas personalidade fazerem a costumeira “meia culpa”, chegou a vez dos negros dizerem que “eles também são culpados”,” por não se organizarem”  e por “ficarem brigando entre eles”. Foi um retrocesso enorme, pois, teve negro dizendo estar dando “puxão de orelha” no “movimento negro” e outros dizendo que “aceitavam os puxões de orelhas”. É bom lembrar que essa história de “orelha” é triste e complicada, pois, o ato dos ativistas do gabinete da vereadora fez relembrar um fator dramático para negros e índios em Santa Catarina, Paraná e RS algum tempo atrás, pois, os Capitães do Mato e os Bugreiros, quando não conseguiam levar suas presas por motivos de morte e assassinato eles cortavam as orelhas das vítimas e levavam para receber o pagamento  dos seus patrões e donos.

Esperamos que todos e todas tirem o melhor proveito deste texto e no final da leitura tenha em mente a importância do debate e o importante significado da palavra LIBERDADE DE EXPRESSÃO; o negro também tem o direito de opinar sobre as coisas do mundo e do cotidiano, tem direito de pensar e publicar as suas ideias. Este texto é importante para apontar as conttradições da democracia, para o debate dos movimentos sociais, a igualdade de direitos que evidentemente passa pela igualdade de oportunidades, independente de cor, raça, gênero, orientação sexual, credo e pensamento e partido político. Ele está aqui para dizer que existe luta de classe, capitalismo, currupção, individualismo, tristeza e angústia e que só a classe operária organizada e consciente pode acabar com esse sofrimento